Sobre saudade.

Tem dia que a gente se pega revirando fotos, papeis e lembranças. Bate um aperto no peito ver que o tempo passou, que as coisas mudaram e que algumas pessoas sumiram, pode ser que seja a lei da vida. A gente caminha, encontra umas pessoas durante o percurso e quando se dá conta os rumos mudaram, sentimos saudade, vontade de voltar - até voltamos algumas vezes - mas nunca mais é a mesma coisa.
As coisas mudam, as pessoas mudam, a gente muda.
Durante a minha caminhada encontrei e deixei muita gente pelo caminho, algumas nem tão boas, outras nem tão ruins, mas de cada uma delas carrego um aprendizado. De todas as pessoas que encontrei e que deixei, sinto apenas saudade.

Seus olhos.

Um filme qualquer na tv,  o cachorro latindo lá fora, o telefone tocando e a única coisa realmente importante aqui é o seu olhar.  Esse olhar castanho escuro que mais se parece com um portal para um mundo perfeito e feito só para mim. Você pisca, eu volto a realidade. 

Sobre tentativas.

Levantei da cama e jurei que hoje ia ser um dia diferente dos outros. Sem celular, sem ligações, sem sms, nada que possa me conectar a você. Lavei os cabelos, inventei um novo penteado, escondi as olheiras e treinei alguns sorrisos. Perfeito, consigo até me enganar.
Decorrer do dia e todos aqueles sorrisos treinados foram devidamente usados e esvaziados em alguma piada qualquer, todos acreditaram, percebi que me saí bem, planejei deixar essa peça em cartaz até que ela se tornasse realidade. Fim de noite do terceiro dia de peça em cartaz e eu ainda chego em casa de maquiagem borrada, vazio no peito e celular na mão esperando alguma ligação.

Medo.

               

Eu sinto medo e você também.

A gente diz não. Não agora, não hoje, amanhã talvez...

Só pra fugir, por receio, por não saber como devemos agir, por receio de não saber lidar.